Melhorar a saúde nas zonas rurais das Honduras desde o início

Marchar 18, 2019

Por Amália San Martin

4 minutos de leitura

In a flurry of activity along the street of this small rural community, men and women are working together to load bags of cement. Tired but laughing, they drop the nearly 100-pound bags into a cart pulled by oxen, which is blocking the entire road.

In the middle of the bustle is Petronila Cárcamo, a mom of two and a community leader in Chagüitón. O 10 para 15 bags of the cement she’s helping haul will be used in her own home to cover the existing dirt floor that poses health hazards to her family.

Oxen haul a cart loaded with concrete mix. — Oxen haul bags of concrete mix to Chagüitón, part of a home improvement process in the rural community. Foto de Gabriel Rodriguez.

“I’ve been out of the house so much lately,”ela diz. “This week I was nowhere to be found, because I’ve been bringing all the cement.”

Cárcamo and others in the community are pitching in to make improvements to 25 households in Chagüitón. They are supported by the Dry Corridor Alliance – PROSASUR project, which provided the cement and other construction materials that will be used, including wood, aluminum, PVC piping and tools, entre outros. The project will also supervise building and supply professional contractors to lead the work.

Ninoska Bulnes, Nutrition and Household Hygiene Coordinator for PROSASUR, says a simple thing like a cement floor can make a big difference in a household’s health.

“Families can count on a healthier floor that will help them prevent the spread of parasites that are introduced through the skin. Parasite-borne illnesses are common in children under 5 anos,”ela diz. “The cement floors will be installed where the children are, sometimes in the living room, and in the kitchen where food is prepared to improve food safety.”

Petronila Carcamo in the doorway of her home in Honduras. — Petronila Carcamo was elected by her neighbors as a community health monitor, and is making improvements to her home with support from PROSASUR. Photo by Gabriel Rodríguez.

In addition to her new floor, Cárcamo, who was previously elected by her neighbors to oversee the nutrition monitoring of children in her community, received an updated stove that will reduce by 60 percent the amount of firewood used and minimize smoke inhalation.

“I am grateful for PROSASUR, because today I feel happy,”ela diz. “I have an improved cook stove and soon I’ll have my new floor.”

Communities come together to improve health

Across the Dry Corridor of Southern Honduras, PROSASUR is working to improve agriculture production, raise farmers’ incomes and improve health and nutrition.

The program is implemented by Creative Associates International in partnership withINVEST-Honduras, um dos dois grupos de programas. É financiado pelo Banco Mundial através doPrograma Global de Agricultura e Segurança Alimentar.

PROSASUR is assisting 2,000 households to undertake health-focused improvements, incluindo 800 sanitation projects. More than half of the construction and installation will take place this year, with the remaining projects completed over the following two years.

Karen Cruz carries a bag of concrete mix. — Karen Cruz carries a bag of concrete mix, which will be used for new, healthier flooring. Photo by Gabriel Rodríguez.

The projects, carried out in collaboration with residents, are one piece of a larger effort to improve health and reduce chronic childhood malnutrition in the region. Health risks from parasites, smoke, and poor water and food sanitation often cause sickness like diarrhea and pneumonia that can stunt children’s development and prevent them from achieving healthy growth.

PROSASUR is supporting the installation of new floors, stoves, water filters and latrines to combat these issues. The program is investing from $500 para $700 in each home and requires the households and communities to contribute local materials such as sand, rocks, water and labor.

Chief of Party Carlos Ruiz says the communities are rallying around the projects and the goal of improving health.

“We have been heartened to see neighbors helping one another, lending their time and energy to bring these home improvement projects to fruition,”ele diz. “Even more importantly, communities are excited about these changes and the impact they will have. The projects are an important step in raising awareness about health in the region.

Bulnes says that she expects to see a noticeable decline in common health problems once the projects are complete and families begin using the new technologies.

Karen Cruz fills up a cup of water for her daughter using her new filter. — Karen Cruz uses her new water filter, which is providing healthier drinking water for her family. Photo by Gabriel Rodríguez.

“We are confident that with these projects, there will be fewer cases of diarrhea and anemia associated with malnutrition, both with the children that live in the home and other members of the family,”ela diz. “The prevalence of both these illnesses in the Dry Corridor is 16 ou 17 percent higher than the national average.”

Karen Cruz, who has a son and daughter ages 2 e 4, will have all four improvements on her home in Chagüitón, marking a huge change in her family’s living conditions. She has already constructed the new stove with brick and other material provided by PROSASUR and contributions from her community.

“With the cement floor in my kitchen and maybe part of my living room, my family will be much healthier, especially my kids,”ela diz. “I feel satisfied with what PROSASUR has given me. With the old stove, I was breathing in smoke, but not with the improved one. My children will be well.”

With editing by Evelyn Rupert and Carlos Ruiz.

Jovens caribenhos criam plano para prevenção da violência

Marchar 12, 2019

Por Evelyn Rupert

5 minutos de leitura

Reduzir a violência em todo o Caribe e promover uma “cultura de paz,“os jovens devem ser significativamente envolvidos como líderes, dizem os jovens de toda a região num projecto de agenda para advocacia e acção.

O projeto de Agenda de Ação e Defesa da Juventude do Caribe sobre Prevenção da Violência (AAA) foi desenvolvido por um grupo de cerca de 20 jovens da região, com a contribuição de centenas de outros. A Agenda estabelece um plano centrado nos jovens para prevenir a violência e destaca vários programas bem-sucedidos que podem servir de modelo.

O rascunho da AAA foi moldado pelo feedback adicional dado pelos participantes da Cúpula do Caribe sobre Prevenção da Violência Juvenil, que aconteceu em janeiro. 15-16 em Georgetown, Guiana.

O Comitê Diretor do Aprendizagem para Networking Juvenil e Sessões de Mudança (LINCHES), uma rede regional de aprendizagem focada na prevenção da violência centrada nos jovens, trabalhou na AAA ao longo de vários meses, hospedagem de webinários, diálogos juvenis, e pesquisas para coletar uma ampla gama de perspectivas e ideias dos jovens.

“Esta Agenda de Ação e Advocacia nos representa como jovens em toda a região do Caribe,” comentou o copresidente do LYNCS, Kurba-Marie Questelles, na cerimônia de abertura da Cúpula. “Nós, como jovens, não podemos ficar de braços cruzados e esperar que os nossos governos façam tudo. Devemos todos trabalhar juntos para construir uma cultura de paz e prosperidade nas nossas comunidades caribenhas.”

O LYNCS foi apoiado pelo NÓS. Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID) sob a égide de seu Comunidade, Programa de Resiliência Familiar e Juvenil (CEREJA) e CARICOM, uma organização regional dedicada à integração entre países e à promoção da resiliência.

A Agenda de Advocacia e Ação baseia-se no Plano de Ação de Desenvolvimento Social e Prevenção do Crime da CARICOM, que foi aceite como o quadro regional abrangente para orientar a prevenção e redução da violência. A AAA centra-se em três dos pilares fundamentais da CARICOM: prevenir e reduzir a criminalidade; promover a inclusão social; e promover a reintegração.

“Essa Agenda identifica um caminho para desenvolver uma cultura de paz,” Disse o embaixador do secretário-geral da CARICOM, Irwin LaRocque, sobre a AAA. “Esta iniciativa e o processo através do qual foi definida é uma excelente ilustração do compromisso dos nossos jovens em desempenhar o seu papel e ser líderes no desenvolvimento da nossa comunidade.”

A seguir estão as três principais conclusões da Agenda de Ação e Advocacia voltada para os jovens:

Prevenir e reduzir a criminalidade

Os jovens por trás da Agenda de Acção e Advocacia apelam aos decisores políticos e aos doadores para apoiarem programas abrangentes de prevenção do crime e da violência, culturalmente responsivo, e inclusivos e que são concebidos a nível local com o envolvimento dos jovens em todo o processo.

A maioria das vítimas e perpetradores de crimes no Caribe são homens com idades 15 para 30 anos, de acordo com um Relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento de 2017. A Agenda de Advocacia e Ação destaca a importância de abordar como a masculinidade tóxica alimenta o crime, Violência contra mulheres e meninas, intimidação, e violência intrafamiliar.

Outro tema comum que emergiu das conversas dos autores com os jovens foi a necessidade de acabar com os castigos corporais, tanto em casa quanto na escola, construir comunidades mais pacíficas e acabar com ciclos de violência repetidos por diferentes gerações.

Copresidentes do LYNCS, Kurba-Marie Questelles (esquerda) e Asha-Gaye Cowell (centro) conectar-se com os participantes entre as sessões.

O documento incentiva a ampliação e o apoio a programas baseados em evidências, baseados no desenvolvimento positivo dos jovens: uma abordagem e filosofia que capacita os jovens a atingirem o seu potencial com o apoio das famílias, comunidades e governos.

Programas como o Iniciativa RISE Espaços Seguros já estão fazendo a diferença em suas comunidades, diz Questelles. Eles só precisam de apoio e recursos para expandir e compartilhar suas melhores práticas em toda a região.

“A realidade é que muitos jovens em todo o Caribe têm trabalhado em projetos excepcionais em silos dentro de suas diversas comunidades,”Questelles disse. “Com a introdução do LYNCS e, por extensão, o AAA, estes projetos podem ser ampliados e partilhados através deste mecanismo regional através do qual todos os cidadãos das Caraíbas podem aprender, compartilhar ideias e fornecer assistência.”

Promover a inclusão social

No Caribe e em todo o mundo, um grande número de jovens são socialmente excluídos e discriminados com base no seu género, identidade de gênero, orientação sexual, corrida, etnia, inabilidade, status socioeconômico, e mais.

Para reduzir a violência, é imperativo promover programas que sejam inclusivos e aumentem a dignidade dos grupos marginalizados, segurança e oportunidade, a Agenda enfatiza.

A AAA apela a recursos para apoiar oportunidades educativas e económicas equitativas. Especificamente, o documento insta os governos a apoiarem o empreendedorismo e o emprego dos jovens e a combaterem a desigualdade na educação através da formação de professores, aconselhamento, formação profissional, currículos de desenvolvimento socioemocional, e programas para apoiar os pais.

Os sistemas que promovem o preconceito e a marginalização precisam de ser desmantelados para que todos os jovens tenham a oportunidade de desempenhar um papel na tomada de decisões.

Os jovens estiveram no centro da cimeira, compartilhando suas opiniões sobre a prevenção da violência e o envolvimento dos jovens.

Promover a reintegração

O terceiro pilar da Agenda de Advocacia e Acção centra-se na reabilitação e reintegração de jovens que entraram em conflito com a lei.

Para os autores da AAA, isto significa que os sistemas de justiça em toda a região não devem tratar os jovens infratores da mesma maneira que os adultos e devem estar mais bem informados sobre o desenvolvimento da juventude. As leis e políticas devem ser mais adaptadas para atender às necessidades específicas dos jovens, começando no momento da prisão, não liberar, e fornecer aos jovens o apoio necessário para evitar que se tornem reincidentes.

Reintegração dos perpetradores e justiça restaurativa, que visa, em última análise, reabilitar criminosos através do trabalho de reconciliação, são essenciais para que as comunidades se recuperem dos efeitos do crime e da violência, a agenda afirma.

“Se o sistema de justiça criminal ajudasse aqueles que prendeu e lhes fornecesse as ferramentas necessárias para serem adequadamente reintegrados, estaríamos melhor se fossemos uma sociedade caribenha,”Questelles disse.

Os jovens de todo o Caribe enfrentam muitos desafios. Mas muitas vezes, a AAA afirma, eles são vistos apenas para aqueles desafios, e não como parte da solução.

A Cúpula do Caribe sobre Prevenção da Violência Juvenil deu aos jovens a oportunidade de fornecer contribuições para a Agenda de Ação e Advocacia e, por extensão, de moldar políticas e programas relacionados à violência. Isto está de acordo com a abordagem da USAID para sustentar os resultados do programa muito para além da vida do projecto, através do envolvimento de parceiros locais., capacitando-os e fornecendo-lhes as ferramentas para promover soluções locais.

“Trata-se de descer e se sujar. Trata-se de voltar às suas comunidades e mostrar que vocês têm um plano de ação,”disse Vishal Hulbert Joseph, Membro do Comitê Diretor do LYNCS e Mestre de Cerimônias do Summit. “[É sobre] mostrando como você promoverá esta Agenda em sua comunidade para afetar a mudança realmente positiva.”

Clique aqui to leia a Agenda de Ação e Defesa da Juventude Caribenha completa sobre Prevenção da Violência.

Cúpula do Caribe estimula ação liderada por jovens para prevenção da violência

Marchar 12, 2019

Por Evelyn Rupert

3 minutos de leitura

Youth leaders and policymakers from the Caribbean rallied around the issue of youth-led violence prevention at a recent United States Government-supported summit that provided them with a blueprint for building peace in their respective communities. O janeiro 15 e 16 Caribbean Summit on Youth Violence Prevention was attended by nearly 270 people from more than 20 países.

The centerpiece of the Summit was the Caribbean Youth Advocacy and Action Agenda for Violence Prevention, a draft guiding document for policy and programming developed by Caribbean youth leaders over several months. The drafting of the Agenda was spearheaded by the Aprendizagem para Networking Juvenil e Sessões de Mudança (LINCHES), a regional learning network on youth-centered violence prevention.

“The time for action is now. We have to be more strategic in our approach if we are to create a culture of peace,” said Kurba-Marie Questelles, LYNCS Steering Committee co-chair, at the Summit’s opening ceremony. “What we’re here to do is bring everyone together, and this is where the Advocacy and Action Agenda comes in.”

The Summit was supported by the NÓS. Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), através do seu Comunidade, Programa de Resiliência Familiar e Juvenil (CEREJA), alongside partners UNICEF, CARICOM, o Organisation of Eastern Caribbean States, o Caribbean Development Bank, e o Commonwealth Secretariat. It was designed to support USAID’s approach to sustaining program outcomes far beyond the life of the project by engaging local partners, building their capacity, and providing them with the tools to foster local solutions.

At the heart of the Agenda and the Summit was the idea that youth must be included as leaders in preventing violence within their own communities and the region at large. “We are all a part of the process, and we are necessary to creating and maintaining that peaceful Caribbean community,”Questelles disse.

Youth-led dialogue

The high-energy Summit saw youth actively engaged as moderators, panelists and discussion participants, giving their thoughts on topics such as healthy masculinity, gangues, intimidação, the arts as a tool for violence prevention, and mental health. Youth made up over 50 percent of the participants and included 36 high school students from the Georgetown area who actively engaged in sharing their perspectives.

Officials in attendance voiced their support for the Agenda and for youths’ role as leaders in innovation and building peaceful and resilient communities.

“Peacebuilding cannot be for the government alone; it is everybody’s business,” remarked Dr. the Hon. George Norton, Guyana’s Minister of Social Cohesion, who represented the President at the Summit. “It is a pleasure for me to therefore congratulate you on this Summit, as we do need young people, youth leaders with governments and other agencies to champion preventative measures in the area of youth violence.”

Summit leaders and speakers encouraged attendees to keep the momentum going, to remain engaged in the conversation and to take the ideas and information gleaned from the Summit back to their own communities and countries.

“It’s really nice to see what’s happened over the past two days, and we don’t want it to just remain here,” said Asha-Gaye Cowell, LYNCS Steering Committee co-chair.

Closing out the Summit was the Hon. Shamfa Cudjoe, Minister of Youth and Sports for Trinidad and Tobago, who endorsed the Action and Advocacy Agenda on behalf of the other government ministers in attendance. She urged all those in the room to work together to bring the Agenda to life and make a real difference in the region.

“This is a call to action for not just government, but for youth, the young people,"ela disse. “We all have a role to play as it relates to this Action Agenda. And something we need to ask ourselves as youth leaders here today is, ‘What am I going to do when I get back home?’ Because we as governments need your help to make this thing a reality.”

The event culminated with attendees providing feedback on the Agenda’s three pillars – prevent crime and violence; promover a inclusão social; and promote reintegration – drawn from CARICOM’s Social Development and Crime Prevention Action Plan, which has been mandated by the Council for Human and Social Development and endorsed by the Heads of Government for inclusion in national plans across the member countries.

Input from the Summit and follow-up conversations with youth networks around the region will ultimately shape the finalized Agenda, which will serve as an overarching framework for policy and programming on violence prevention.

O que 3 eleições mais letais de 2018 têm em comum

Fevereiro 26, 2019

Por Jeff Fisher

4 minutos de leitura

As três eleições mais letais de 2018 foram as eleições parlamentares e municipais no México (Julho 1), as eleições gerais no Paquistão (Julho 25), e as eleições parlamentares e distritais no Afeganistão (Outubro. 25). Nestes casos, letalidade é medida através da perda de vidas, e cada uma dessas eleições contou com perdas de vidas em três dígitos.

Por que essas eleições foram mais violentas que outras? Cada um destes países tinha sofrido violência eleitoral antes, mas porque é que a intensidade da violência do ano passado foi muito maior do que nas eleições anteriores?

Podemos aprender mais examinando as características únicas de cada eleição e como elas se comparam entre si.

A violência eleitoral no México

Por uma estimativa, pelo menos 48 candidatos a cargos parlamentares e municipais e 84 funcionários de partidos políticos foram assassinados durante a campanha eleitoral mexicana. Esses assassinatos ocorreram em todo o país, em 22 do México 31 estados, e não eram exclusivos de nenhum partido político.

Estas mortes foram associadas a pelo menos 543 outros incidentes, incluindo sequestro, extorsão, e outras formas de intimidação violenta. Segundo uma reportagem da BBC, esta foi considerada “a campanha eleitoral mais violenta no México de que há memória”. Os incidentes ocorreram em grande parte na fase pré-eleitoral. As gangues de narcotráfico do México são vistas como estando por trás das mortes, a fim de manter refúgios locais seguros e pontos de trânsito para suas atividades ilícitas.

A violência eleitoral no Paquistão

Num atentado pré-eleitoral reivindicado pelo ISIS, pelo menos 149 pessoas foram mortas em um comício de campanha em Tustung. O Instituto Paquistanês de Estudos para a Paz estima que pelo menos 230 pessoas perderam suas vidas e mais 400 foram feridos em 22 ataques terroristas relacionados com as eleições, só em Julho. Homens-bomba também atacaram locais de votação no dia das eleições, em um caso matando pelo menos 31 pessoas.

Embora as insurgências islâmicas, como o Taliban e o ISIS, estivessem por detrás destes ataques com vítimas em massa, alguma violência entre rivais políticos também foi vivenciada com tiroteios e confrontos relatados em Mardan, Rajanpur, Quipro e Kohistan.

A violência eleitoral no Afeganistão

Na fase pré-eleitoral, incidentes violentos incluíram um atentado suicida em um local de registro eleitoral em abril 22 que matou 57 pessoas, com crianças entre os mortos. Houve um agosto 25 bombardeio perto de um escritório eleitoral que matou três pessoas.

Na fase pré-eleitoral, a maioria dos locais-alvo eram mesquitas e escolas, que estavam funcionando como sites de registro eleitoral. No entanto, em outubro 13, 22 pessoas foram mortas por um atentado a bomba em um comício de campanha na província de Takhar. Os candidatos foram alvo de assassinato.

No dia da eleição, dezenas de pessoas foram mortas em vários ataques a assembleias de voto em todo o país, com o Taleban alegando realizar tais ataques. Atentados suicidas, granadas, dispositivos explosivos improvisados e ataques com foguetes foram empregados contra seções eleitorais. Policiais foram emboscados na província de Ghor, com quatro policiais mortos no ataque. Outros ataques incluíram sequestros e formas de intimidação. Quase um terço das urnas foram fechadas por razões de segurança. O Talibã e o ISIS assumiram o crédito pelos incidentes.

Esta eleição é vista como a eleição mais violenta do país desde a derrubada do Talibã em 2004.

O que eles têm em comum?

Os principais perpetradores não eram rivais políticos

Em cada caso, os principais perpetradores desta violência relacionada com as eleições não foram rivais políticos (exceto alguns incidentes no Paquistão). Isto quer dizer que a violência não estava a ser utilizada como meio de ganhar as eleições.

No caso do México, eram gangues criminosas que procuravam controlar a governação local para estabelecer portos seguros e pontos de trânsito para actividades ilícitas e carregamentos de drogas. E, no Paquistão e no Afeganistão, foram o Talibã e o ISIS, que não estavam buscando ganhar uma eleição, mas para atrapalhar, desacreditar, ou inviabilizá-lo. Embora as forças de segurança no Paquistão tenham sido acusadas por alguns partidos de manipularem a votação, em nenhum destes casos as forças de segurança foram cúmplices da violência.

A prevenção é difícil

Prevenir a violência eleitoral por perpetradores criminosos e insurgentes é uma tarefa difícil porque os seus motivos residem em grande parte fora do âmbito dos esforços de mediação. Os criminosos têm motivos económicos e recorrem à violência para continuar as suas operações. Para insurgentes, seus motivos residem em ideologias extremistas, tornando-os em grande parte indiferentes à programação de mitigação.

As táticas se alinham com o perpetrador

Entre esses três casos, é claro que os grupos criminosos e os insurgentes islâmicos utilizaram tácticas diferentes. Grupos criminosos recorreram a assassinatos selectivos de candidatos que não cooperaram. Enquanto, enquanto alguns candidatos foram alvo de ataques no Paquistão e no Afeganistão, as insurgências escolheram táticas de baixas em massa e empregaram bombardeios em eventos eleitorais e de campanha. Em todos os três casos, os concursos incluíam cargos distritais, de modo que o número de candidatos, e, portanto, visa, era abundante.

Momento da violência

Em todos os três casos, a violência ocorreu na fase pré-eleitoral e no dia das eleições. Desta maneira, a violência foi empregada para influenciar a participação, e, se for bem sucedido, a violência pós-eleitoral não foi necessária.

Por que vimos tanta violência?

Porque é que estas eleições foram mais letais do que noutros países que sofreram violência eleitoral, incluindo Serra Leoa, Venezuela, e Zimbabué? A resposta pode estar no perfil dos perpetradores.

Conforme discutido, os motivos dos criminosos e dos insurgentes não são “ganhar” eleições. Para grupos criminosos, as eleições são um meio para continuarem as suas actividades ilícitas. Para insurgentes, eleições são insurgentes para demolir. Como resultado, estes perpetradores não acreditam nas instituições eleitorais para determinar a governação. Eles não têm interesse nos interesses políticos destas disputas como fazem outros actores.

Como resultado, enquanto os rivais políticos e os partidos no poder são os perpetradores mais frequentes da violência eleitoral, a sua participação nas eleições como meio de alcançar a governação pode servir como uma medida de moderação, qual, sem prevenir a violência eleitoral, pode reduzir sua intensidade e letalidade.

Jeff Fischer é Conselheiro Eleitoral Sênior do Área de Educação Eleitoral e Prática de Integridade na Creative Associates Internacional

Pablo Maldonado: How Creative’s Latin America legacy shapes today’s programs

dezembro 28, 2018

1 minutos de leitura

Centro de nutrição reúne pais para melhorar a saúde das crianças

dezembro 7, 2018

Por Amália San Martin

5 minutos de leitura

Alunos fazem fila em um centro de nutrição recém-inaugurado, esperando sua vez de receber uma boa porção de tortilhas e canja de galinha.

Nesta região do sul de Honduras onde prevalece a insegurança alimentar, o centro garante que a Escola María Cristina Martínez 50 os alunos recebem pelo menos uma refeição saudável e substancial diariamente.

Este Centro de Formação em Nutrição foi inaugurado recentemente na comunidade de Santa Marta, no município de El Triunfo. Revitalizou um antigo espaço de cozinha para melhorar a alimentação dos alunos da escola e servir de recurso para as comunidades do entorno.

Junior Garcia Aguilera recebe uma tigela de canja de galinha. Fotos de Amalia San Martín.

O centro foi criado pelo Aliança do Corredor Seco (ACS) – PROSASUL programa, que trabalha com as famílias para aumentar a renda, reforçar a segurança alimentar e melhorar a saúde e a nutrição em 6,000 famílias em toda a região.

Para Junior Garcia Aguilera, de 11 anos, e seus colegas de classe, a instalação está diversificando as dietas e introduzindo uma mistura mais saudável de alimentos ricos em vitaminas.

"Antes, só comíamos arroz e feijão,” diz o aluno da quinta série. "Agora, meus amigos e eu estamos felizes, porque é bom comer frutas e verduras para melhorar a alimentação.”

Uma comunidade se reúne na cozinha

O Centro de Treinamento em Nutrição faz parte de um Plano de Nutrição Comunitária elaborado pela ACS-PROSASUR, que é implementado pela Creative Associates International em parceria com INVEST-Honduras, um dos dois grupos de programas. É financiado pelo Banco Mundial através do Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar.

O centro complementa as refeições com produtos frescos de uma horta no local, e as mães das crianças se revezam como voluntárias para cozinhar. A equipe da ACS-PROSASUR oferece orientação sobre receitas que proporcionam às crianças em crescimento a nutrição de que precisam.

Diretora Cruz Lorena Funez na horta da escola. — A diretora Cruz Lorena Funez colhe vegetais frescos da horta da escola.

“Desde que o projeto chegou à escola, estamos totalmente instalados e funcionando,” diz a diretora da escola Cruz Lorena Funez. “Nossa cozinha ficou inativa por muito tempo, mas agora as mães estão motivadas a vir fazer a refeição aqui na escola. Aprendemos com a equipe como preparar alimentos nutritivos e complementar as refeições com o que colhemos.”

Funez diz que outras escolas da região perceberam.

"Te digo, nosso centro é invejado. Conversei com outros diretores de El Triunfo sobre os vegetais que colhemos e as refeições que preparamos para nossos filhos,”ela diz. “Para minha surpresa, logo depois, Comecei a perceber que meus colegas compartilhavam fotos mostrando o que cozinhavam com vegetais de suas hortas.”

Neste dia, Fênez explica, voluntários prepararam tortilhas em casa, acordar cedo para moer e sovar a massa. Depois vieram ao centro para cozinhar e preparar a sopa, adicionando coentro, vagem e abóbora da horta.

“Estamos gratos, porque antes não tínhamos essa cozinha que temos hoje. É muito legal, muito limpo, e as crianças estão comendo muito melhor. Arroz com feijão todos os dias fica muito melhor para as crianças quando acompanhado de legumes,” diz a voluntária Esperanza Moran, cuja neta Kimberly, de 8 anos, frequenta a escola.

Melhorar a saúde através de uma cozinha limpa

A condição de muitas casas nesta área torna a segurança alimentar um desafio. Falta de acesso a água potável, a inalação de fumaça e práticas anti-higiênicas na culinária e na hora das refeições podem ter efeitos negativos na saúde e no crescimento de uma criança. O centro está trabalhando para combater isso, oferecendo um espaço de cozinha limpo, com equipamentos mais modernos e armários totalmente abastecidos com utensílios de cozinha..

As voluntárias Esperanza Moran e Militina Suazo cuidam de uma panela de sopa. — Voluntários Esperanza Moran (certo) e Militina Suazo cuidam de uma panela de sopa no Centro de Treinamento Nutricional.

“Fornecemos um filtro de água para garantir que a água esteja livre de parasitas e bactérias para prevenir diarreia e outras doenças entre as crianças,” explica o Dr.. Ninoska Bulnes, Coordenadora de Saúde e Nutrição ACS-PROSASUR. “Também fornecemos um fogão melhorado que ajuda a reduzir o uso de lenha – parte dos nossos esforços ambientais, mas também uma forma de prevenir problemas de saúde causados pelo fumo.”

Moran diz que as atualizações foram bem-vindas na comunidade e estão deixando os pais entusiasmados em preparar refeições saudáveis para as crianças.

"Antes, nem queríamos vir cozinhar aqui, porque não tínhamos nada para cozinhar, sem panelas ou frigideiras,”ela diz. “Hoje temos limpeza, água filtrada, panelas e frigideiras. Resumidamente, temos tudo que uma cozinha precisa.”

Diretor Funez observa que mais mudanças ainda estão por vir: ACS-PROSASUR fará parceria com a escola e os pais para melhorar o refeitório, que atualmente é apenas um telhado de zinco sobre um chão de terra. O programa ajudará a fornecer mesas e cadeiras e a estabelecer concreto.

"Próximo sábado, vamos fazer uma arrecadação de fundos com os pais para começarmos a colocar o piso de concreto,- ela diz animada.

Tornar a nutrição uma prioridade

No município de El Triunfo, o Plano de Nutrição Comunitária está alcançando mais do que apenas a escola de Santa Marta; as comunidades de Cayuya e Dos Quebradas também são beneficiadas, diz o Dr.. Bulnes.

“Melhorar a nutrição é o objectivo principal e envolve muitos aspectos que vão desde o acompanhamento do crescimento das crianças nas comunidades até à implementação de Centros de Formação Nutricional,”ela diz sobre o plano.

O Centro de Treinamento Nutricional é administrado por membros da comunidade com assessoria técnica da equipe do ACS-PROSASUL. Além de fornecer refeições para crianças em idade escolar, o centro funciona como ponto de encontro onde nutricionistas ou monitores de saúde treinados podem orientar as famílias sobre como preparar alimentos mais saudáveis.

Uma mãe coloca seu filho em uma balança para medir sua altura. Foto de Skip Brown.

É também um lugar onde as famílias podem vir acompanhar o crescimento de seus filhos e obtenha aconselhamento se as crianças estiverem ficando para trás ou em risco de ter crescimento atrofiado.

No nono dia de cada mês, mães trazem seus filhos com idade 2 anos ou menos - cerca de 35 total de crianças – ao centro para medição de altura e peso por monitores eleitos pela comunidade e treinados pela equipe do ACS-PROSASUL. O acompanhamento permite que as mães se conscientizem sobre o crescimento dos filhos e recebam treinamento e orientação sobre como manter a saúde dos filhos sob controle.

Voluntários e funcionários educam os pais sobre como preparar alimentos fortificados, diversificar as dietas e garantir que as crianças recebam os micronutrientes e as calorias de que necessitam.

Apoiando a nutrição de crianças desde recém-nascidos até alunos do sexto ano, o Centro de Formação em Nutrição está a trabalhar para garantir que a próxima geração destas comunidades crescerá saudável e forte.

Com edição de Evelyn Rupert.

Liberdade para seguir em frente: Reformulando a justiça juvenil em Honduras

dezembro 4, 2018

Por José Granados e Evelyn Rupert

7 minutos de leitura

Quando Rosa foi convidada a levar seus dois netos à agência governamental que supervisiona os delinquentes juvenis, ela temia que sua família fosse desmembrada.

"Eu pensei, ‘Querido Deus, eles vão tirá-los de mim,'”, ela lembra. “Comecei a orar silenciosamente e a chorar. Mas então alguém me deu um tapinha nas costas e me disse para não me preocupar, que tudo ficaria bem.”

Na reunião, a família foi instruída por um juiz a ir para Casa da Aliança, uma organização sem fins lucrativos que apoia a reabilitação juvenil e a reentrada na sociedade. Quando eles chegaram, Rosa sentou-se nervosamente na sala de espera enquanto seus netos Paco e Gabo conversavam com a equipe da Casa Alianza em outra sala.

“Eu estava orando e orando, ‘Por favor, não os leve,'”, ela diz. “Então me pediram para entrar, e me disseram que íamos fazer um programa de um ano na Casa Alianza. 'Mas eles não estão levando meus meninos embora?' Perguntei. Eles disseram, 'Não, eles virão aqui para terapia e treinamento aos sábados. Eles são bons garotos,'eles me disseram. ‘Eles simplesmente cometeram um erro.’”

Casa da Aliança trabalha com jovens que saem do sistema de justiça ou que foram recomendados para programação como alternativa à detenção. É um centro de recursos onde os jovens podem vir e receber serviços como aconselhamento e formação profissional. E para os jovens que lutam contra a falta de moradia, também é um lugar para ficar, com dormitórios, um refeitório e 24/7 apoio a dezenas de jovens, homens e mulheres.

Irmãos Paco e Gabo na Casa Alianza. — Os irmãos Paco e Gabo vão à Casa Alianza uma vez por semana para receber aconselhamento e outros serviços de apoio. Fotos de José Granados. Foto de: José Granados

Paco, 17, Gabo, 14, e a avó trabalham na Casa Alianza desde janeiro, receber instrutores e conselheiros em suas casas e visitar as instalações da organização em Tegucigalpa aos sábados para oficinas sobre temas como drogas, educação sexual e a importância da família.

Casa Alianza recebe apoio da Propor mais projeto de prevenção da violência secundária, que é financiado pelo NÓS. Agência de Desenvolvimento Internacional e implementado por Criativos associados internacionais em cinco das áreas mais violentas de Honduras.

"Antes, nada realmente importava para mim. Mas agora, Aprendi a valorizar as coisas, valorizar o tempo com minha família,” diz Paco. “Vejo que os instrutores se preocupam conosco, eles são como uma família. Eles não apenas nos dizem para fazer nossa lição de casa, eles se preocupam conosco, eles estão envolvidos, eles vêm nos visitar em casa, eles nos perguntam como estamos, eles nos trazem o que precisamos. Tem sido uma ótima experiência.”

Enquanto os irmãos participam de suas oficinas, Rosa também está tendo aulas para pais com o objetivo de ajudá-la a criar um ambiente doméstico no qual Paco e Gabo possam prosperar..

O objetivo é garantir que os dois adolescentes tenham as ferramentas e o apoio necessários para se tornarem adultos de sucesso – e evitar que retornem ao sistema de justiça..

Encontrar alternativas à detenção

Em Honduras, onde um ecossistema de gangues atrai crianças e jovens para o envolvimento com o crime e a violência, os menores são muitas vezes vítimas e perpetradores. De janeiro a junho 2018, aproximadamente 600 menores foram processados através do sistema de justiça juvenil – alguns 200 deles condenados.

Mas cada vez mais, o sistema de justiça hondurenho está a afastar-se da condenação de menores a centros de detenção juvenil – utilizando as chamadas “medidas alternativas”,”que pode incluir liberdade condicional, serviço comunitário, ou trabalhando com um programa como Casa Alianza.

“Sabemos que os centros de detenção não são os mais adequados para a reintegração, reeducação e reabilitação de jovens,”diz Belkin Díaz, juiz do sistema judiciário de menores. “Naquela idade, às vezes os jovens já passaram por experiências muito difíceis, e você tem que se colocar no lugar deles para entender a situação em suas comunidades.”

Juíza do Tribunal de Menores Claudia Pereira em seu gabinete. — Juíza do Tribunal de Menores Claudia Pereira em seu escritório em Tegucigalpa.

Díaz é membro do Comitê Técnico de Justiça Juvenil Proponte Más, um grupo de juízes, promotores, advogados de defesa juvenil, organizações sem fins lucrativos e grupos da sociedade civil que trabalham para reduzir o número de jovens detidos e fortalecer medidas alternativas.

A comissão já está a obter sucesso ao encorajar o sistema de justiça juvenil a analisar mais de perto medidas alternativas.

Este ano é a primeira vez em vários anos que a população juvenil detida em Honduras diminuiu, de cerca de 550 em 2017 para 475 em 2018. Ao mesmo tempo, o número de casos juvenis que culminaram em medidas alternativas aumentou – de 371 em 2015 para 625 em 2018, de acordo com o Instituto para o cuidado de crianças infratoras (INAMI em espanhol), uma agência governamental criada em 2016 que supervisiona a justiça juvenil.

A Proponte Más está contribuindo para um sistema de referência através do INAMI para direcionar os jovens para serviços e recursos como a Casa Alianza. O sistema piloto de referência permitiu à Casa Alianza ajudar 81 jovens através de referências do INAMI.

E o Comité Técnico de Justiça Juvenil deverá assumir um papel mais formal na elaboração de políticas à medida que se transforma no Conselho Consultivo do INAMI..

“Eu sei que sem esse comitê, não estaríamos onde estamos hoje,” diz Cláudia Pereira, membro do comitê e defensor público que trabalha no sistema judiciário de menores. “Diante da comissão, todos trabalhamos separadamente – defesa de um lado, acusação por outro. Mas com o comitê, nos encontramos e todos começamos a pensar mais na juventude”.

Estimulando mudanças em todo o sistema

Enquanto Pereira e Díaz falam sobre o trabalho da comissão no prédio principal do Juizado Especial de Menores de Tegucigalpa, famílias aguardam ansiosamente por suas consultas com os escriturários, advogados e juízes vários andares abaixo.

Mesmo que eles se sentem em lados opostos do banco, Pereira e Díaz dizem que a parte mais difícil do seu trabalho é ver crianças e jovens, muitas vezes vítimas de crime e violência, tornarem-se eles próprios perpetradores e terem de enfrentar um sistema de justiça que muitas vezes não compreendem..

“Temos que conscientizar outras pessoas do sistema de justiça de que não podemos olhar apenas para a infração que trouxe a criança aqui, também temos que olhar para a situação que o levou a se tornar um infrator,” diz Pereira. “Para dar aos jovens a oportunidade de manter a sua liberdade e não apenas olhar para o crime de que são acusados, mas também as circunstâncias pessoais. Esse é o desafio que enfrentamos todos os dias.”

À medida que o Comité Técnico de Justiça Juvenil lidera a utilização de medidas alternativas de justiça, alguns dos seus membros e outros que trabalham no sector da justiça juvenil estão a expandir as suas competências e conhecimentos através de um programa de mestrado desenvolvido pela Proponte Más com o Universidade de Málaga.

Proponha mais que você premiou 25 bolsas para operadores de justiça, funcionários do governo e funcionários da Casa Alianza farão mestrado em Proteção Infantil e Justiça Juvenil.

Tanto Díaz como Pereira estão inscritos no programa e afirmam que este lhes proporcionou uma melhor compreensão do desenvolvimento social e psicológico das crianças e de como as suas ações são afetadas pelo contexto em que vivem.

“Isso tem sido importante para mim, compreender o quanto os jovens são influenciados pela situação em que cresceram,” diz Pereira. “Aprendi no mestrado como aquela criança chegou aqui, aprendi a ver que talvez aquela criança não tivesse as mesmas oportunidades que outras tiveram.”

A instrutora da Casa Alianza, Nolvia, se reúne com a família.

Uma família avançando

De volta à Casa Aliança, Paco e Gabo sentam-se à mesa do almoço com outras crianças enquanto a avó Rosa conversa calorosamente com a instrutora. Apesar da diferença de idade de três anos, os irmãos parecem mais gêmeos. Ambos pretendem terminar o ensino médio, dedicar-se ao trabalho missionário por alguns anos e depois estudar engenharia em uma universidade.

E ambos dizem que sua família se fortaleceu com o trabalho na Casa Alianza.

“Minha família viu uma grande mudança. Nós sempre nos comunicamos, mas não tanto quanto deveríamos. Mas agora, com tudo o que os instrutores nos ensinaram, ficamos mais unidos e conversamos sobre tudo,” diz Paco. “Eles nos ajudaram a aproveitar o tempo em família e a cuidar das coisas que temos.”

Instrutora de Integração Familiar da Casa Alianza Nolvia Aguilar, que é o principal instrutor da família desde o primeiro dia na Casa Alianza, diz quando Paco e Gabo chegaram, eles eram tímidos, reservado e pouco engajado nas oficinas e aulas. Mas nos últimos meses, ela viu a família florescer.

“O que nos faz continuar é o crescimento da família, para poder ajudá-los a sair daquele buraco em que se encontram,”ela diz. “Eles mudaram muito, e para mim é gratificante ver como seu instrutor… Essas são as histórias que ficam conosco. Agora eles são uma família afiada, ativo, excitado, entusiasmado.”

Díaz diz que com o apoio coordenado da Proponte Más, operadores de justiça, funcionários do governo e organizações sem fins lucrativos, muito mais jovens podem ter o mesmo sucesso que Paco e Gabo e evitar o tempo de detenção – o que tem o potencial de reforçar o envolvimento dos gangues e um ciclo de violência.

“Esperamos que o trabalho do INAMI e o aumento das medidas alternativas beneficiem os meninos e meninas do nosso país,”ela diz. “Esperamos poder ajudar, mesmo que seja apenas um grão de areia, porque entre todos nós, podemos fazer uma mudança para as crianças.”

Crea Honduras and UNITEC partner to advance development

novembro 28, 2018

Por Jillian Slutzker

2 minutos de leitura

Crea Honduras and the Universidad Tecnológica Centroamericana (UNITEC), one of the principal private universities in the country affiliated with the Laureate International network, will partner to advance social and economic development, foi anunciado.

“We consider the alliance with the academy as an important collaboration model, and we value the dynamics of UNITEC with whom we will develop projects that emphasize institutional strengthening, juventude, technology and social inclusion, ” says Crea Honduras head Susana Ferrera, an economist and experienced international development practitioner who has worked extensively in community development and workforce development with a variety of donors, NGOs and private sector partners.

“Our mission as Crea Honduras is to support the people and communities of this country, and to do this, we propose using innovation and technology to influence social development,”ela acrescenta.

The Oct. 25 agreement unites the UNITEC’s research acumen, educational excellence and technical knowledge in business, entrepreneurship and technology with Crea Honduras’ expertise backed up by Creative Associates International’s 41 years of experience in education, social and economic development, corporate social responsibility, citizen security and violence prevention, as well its ability to implement complex projects in challenging environments.

Crea Honduras and UNITEC will develop a joint research agenda, and partner in developing and implementing social initiatives. The first project will be aimed at the institutional strengthening of national organizations.

Continuing a legacy of development results

Officially launched in August, Crea Honduras and neighboring Crea El Salvador build on Creative Associates International’s robust experience implementing sustainable development programming over three decades in Central America.

Creative is currently implementing seven projects across the region, including in O salvador, Honduras, Nicarágua, Guatemala and the Caribbean. These projects focus on preventing crime and violence, improving technical education and training, raising incomes for small-holder farmers and more.

The Honduras and El Salvador Crea subsidiaries draw upon the evidence-driven expertise of Creative in the região and serve as agile, flexible and innovative implementers of development programs, collaborating with a variety of donors and partners to tackle the region’s most pressing challenges.

In addition to its partnership with UNITEC, Crea Honduras recently piloted an innovative prevention program in collaboration with the Honduran government’s Deputy Secretariat of Security for Prevention.

Com formação técnica, jovens empreendedores lançam pequenos negócios

novembro 16, 2018

Por Gretchen Robleto

3 minutos de leitura

Um campeão de boxe da Nicarágua entrou no ringue como novo empresário, alcançando seu antigo objetivo de abrir uma academia de treinamento na capital do país.

Empreendedora Letícia Caldera, 27, abriu as portas de sua academia há cinco meses e oferece treinamento de levantamento de peso e boxe para meninas e meninos desde a idade 6.

Letícia pôde iniciar sua carreira como pequena empresária e formadora após se formar na escola de ensino técnico Centro Juvenil Don Bosco, onde se formou em condicionamento físico e treinamento esportivo.

Ela chama a escolha de uma escola técnica de “a melhor decisão que tomei em relação aos meus estudos”.

Leticia Caldera com luvas de boxe. — Leticia Caldera é dona de uma academia de levantamento de peso e boxe em Manágua. Fotos de Gretchen Robleto.

“Com minha carreira técnica, Obtive o conhecimento teórico e a experiência prática,” diz Letícia.

O Centro Juvenil Don Bosco é um dos oito centros técnicos vocacionais parceiros que recebem apoio do Eu aprendo e empreendo o programa, que busca melhorar o acesso e a qualidade da educação técnica para jovens em situação de risco, com foco na região vulnerável da costa do Caribe e nas minorias étnicas.

O programa, financiado pelo NÓS. Agência para o Desenvolvimento Internacional e implementado por Criativos associados internacionais, oferece bolsas de estudo para jovens cursarem cursos técnicos, fortalece escolas técnicas e estabelece colaboração com o setor privado.

Para Letícia, abrir sua própria academia é mais do que apenas uma conquista pessoal – também significa que ela pode ajudar outras meninas e mulheres em seu bairro de San Judas.

“Existem riscos para as meninas e mulheres jovens, e saber que o boxe nos dá segurança,” diz Letícia, vencedor do 2017 campeonato nacional de boxe feminino a Copa Alexis Argüello.

Como uma boxeadora, Letícia diz que enfrentou estereótipos de gênero, mas que ela os supera quando calça as luvas de boxe e entra no ringue.

“Ouvi comentários positivos e negativos,”ela diz. “Mas quando as pessoas perceberem que estou pronto para assumir o papel de treinador de boxe, eles confiam na minha capacidade.”

Empreendedores criam novo empreendimento

Beral Morales e Katy Jiménez estão trabalhando para colocar seu novo produto alimentício nas prateleiras das lojas.

Em outro lugar em Manágua, dois colegas apaixonados por culinária desenvolveram sua própria receita para começar um novo negócio: combine ingredientes frescos e conhecimento técnico.

Beral Morales, 17, e Katy Jiménez, 25, ambos estudantes do centro de ensino técnico e formação profissional Fundación Victoria, estão lançando um negócio vendendo um molho de hortelã exclusivo, que em breve estará disponível nas lojas.

“Como parte de nossa missão na Fundación Victoria, tivemos que desenvolver um produto e serviço,”Beral diz. “Em breve este produto estará mais acessível aos compradores.”

Beral e Katy combinaram seus conhecimentos técnicos para lançar sua empresa: Ele está estudando administração de empresas, e ela está em um programa de tecnologia de alimentos. O produto está em processo legal de registro, e a dupla encontrou um investidor que está cobrindo os custos do seu registro de saneamento.

“Usar as técnicas de culinária industrial que aprendi é uma maneira de aplicar minha paixão pela comida,” diz Katy. “At Fundación Victoria, aprendemos a trabalhar com carne, laticínio, frutas, vegetais e bebidas seguindo padrões higiênicos e sanitários de fabricação.”

Beral, Katy e Letícia apresentaram seus novos negócios em fórum e feira de educação técnica organizado pela Rede Nicaraguense de Educação Técnica (RENET) durante a Semana Global de Empreendedorismo, novembro. 12-18. RENET, um grupo de instituições de ensino, escolas de treinamento, empresas e organizações voltadas para jovens, foi criada através da Aprendo y Emprendo.

No fórum, Victor Zuñiga, Diretor de Inovação e Empreendedorismo da Universidade das Regiões Autônomas da Costa Caribenha da Nicarágua, disse que os jovens precisam de apoio, treinamento e colaboração para lançar negócios e criar empregos.

“A cultura empreendedora baseia-se na capacidade de inovação e na formação permanente,”ele diz. “Para promover sua capacidade de assumir novos empreendimentos, jovens e organizações devem trabalhar com uma abordagem colaborativa para criar produtos inovadores.”

Com edição de Evelyn Rupert.

Enfrentando secas e inundações, Os agricultores hondurenhos devem desenvolver resiliência

novembro 7, 2018

Por Amalia San Martín e Evelyn Rupert

3 minutos de leitura

Extended periods of drought and flooding this year in the Dry Corridor of Honduras have left many farmers with ruined crops, created dangerous food insecurity and loss of income.

Swings in weather are common in this region of southern Honduras – but this year’s erratic weather was harsher than usual. Some of those hardest-hit live in the area supported by the Dry Corridor Alliance – PROSASUR programa, que trabalha com as famílias para aumentar a renda, reforçar a segurança alimentar e melhorar a saúde e a nutrição em 6,000 famílias.

Because of the year-round warmth in Honduras, farmers have traditionally planted crops twice a year – once in May and a second time beginning in August, a planting period known as the “postrera.” This year was different.

Em 2018, both rounds of crops were hit by extreme weather, explains Rimen Martínez of the Dry Corridor Alliance – PROSASUR program, who monitors environmental issues and climate changes.

A cornfield dried by drought. — Drought struck Honduran farmers’ gardens and fields, particularly corn. Photo by Rimen Martínez.

Martínez says that traditionally, the rainy season begins in early May, giving farmers much-needed water for their newly planted crops to last through a week-long drought period in June, known as the “canícula.”

“But this year, it didn’t happen that way,” Martínez says. “Everyone was traditionally waiting for the rains on Día de la Cruz (Poderia 3), and they didn’t come. The canícula lasted almost 30 dias. Many families’ crops dried up, and drought brought hunger. The crops grown during this time of year are a crucial source of food for many.”

And when Tropical Storm Michael, which later evolved into a Category 4 hurricane, hit in October, flooding soaked farmers’ plots in the south and sent massive amounts of water rushing through the streets in the country’s capital of Tegucigalpa and many other cities.

For Martínez, this doubly damaging year for farmers is further evidence of a weather cycle that has been pushed off track by climate change.

“What we’re seeing is a distortion in the cycles of nature,”ele diz. “These used to occur every 20 ou 25 anos, but now it’s happening more often.”

Rimen Martínez looks over a map of the region. — Rimen Martínez looks over a map of the region with fellow project staff.

Building resilience for farmers

Edgardo Varela, Coordinator of Income Generation and Agricultural Production for the Dry Corridor Alliance – PROSASUR project, estimates that about 10 por cento do 2,500 farmers involved in the program lost their crops as a result of the drought and flooding. Por sua vez, food insecurity caused by destroyed crops can drive not only serious health issues and stunted growth in children, but also migration to other parts of Honduras or outside the country.

This year’s losses from extreme weather underscore the importance of the program’s goal to build farmers’ ability to withstand climate fragility and improve farming practices.

Por exemplo, to cope with the dry season, the agricultural technicians of the project are helping farmers install water harvesting and drip irrigation systems that can keep crops healthy using rainwater collected and stored during the rainy season.

The technicians are also working with farmers to plant more strategically – such as growing sorghum instead of corn during the fall season because it is more resistant to drought. And to combat flood damage, farmers are raising crop beds higher off the ground, a practice that helped protect some farmers’ harvests during this year’s floods.

The flooded Choluteca River in southern Honduras. Photo by Edgardo Varela.

These and other initiatives are part of a $6.5 million investment by the program in developing household and community plans in both agricultural and non-agricultural business, nutrition and hygiene that will raise incomes and improve health.

Dry Corridor Alliance – PROSASUR Chief of Party Carlos Ruiz says that building resilience is ultimately at the heart of his project and essential to help farmers have healthy harvests in the future.

“The fragility of the context makes supporting the poorest and most vulnerable households in the Dry Corridor a joint responsibility,”ele diz. “That’s why we’re not only training families in good agricultural and health practices, but also strengthening community leadership and providing guidance to local governments and other actors to mitigate the impact of climate change.”

The Dry Corridor Alliance – PROSASUR program’s Cluster 2 is implemented by Creative Associates International in partnership with INVEST-Honduras and funded by the World Bank through the Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar.

El Salvador reconhece sucessos na prevenção da violência

outubro 29, 2018

By Gerson Lara

3 minutos de leitura

Six development projects were recently recognized for their success and contribution to the national Safe El Salvador Plan (“Plano El Salvador Seguro”), a 50-municipality effort to implement crime and violence prevention programming, focused on answering urgent priorities while working toward longer-term goals.

The winning programs, and six honorable mentions, were chosen from a pool of 51 submissions based on their contribution to entrepreneurship, empregabilidade, esportes, childhood development, victims’ services, arte, culture and recreation. The Safe El Salvador Plan is overseen by the National Council for Citizen Security and Coexistence.

Salvador Sánchez Cerén, President of El Salvador, speaks at the award ceremony. Fotos de Gerson Lara.

Among the winners were two initiatives supported by the NÓS. Agência para o Desenvolvimento Internacional-financiado Projeto de Prevenção ao Crime e à Violência, que é implementado por Criativos associados internacionais.

The winning programs were recognized at a Sept. 28 event with Salvadoran President Salvador Sánchez Cerén.

“I congratulate these six programs … [e] appreciate your commitment, efforts and dedication, which strengthen citizen security and violence prevention in our country,” President Sánchez Cerén said. “Let’s continue working, innovating and developing these programs, which look to ensure peace in our communities. Your work is a valuable contribution toward transforming our society, improving peace, tranquility and tolerance.”

The two winning programs supported by the Crime and Violence Prevention Project were the municipality of Usulután’s rehabilitation and revitalization of public spaces and the “My Second Home” Outreach Center in the municipality of Conchagua in La Unión.

The Crime and Violence Prevention Project has supported the creation of more than 160 Centros de divulgação em 125 comunidades, which provide kids and youth with the opportunity to take workshops on setting goals, play sports and music, get help with homework and hang out after school in a safe space.

And a total of more than 100 public spaces have been rehabilitated with help from volunteers and the project, benefitting tens of thousands of people in 18 municípios.

Each of the six winning programs will receive a $1,000 prize to further its work, and the projects’ staff will also be invited for international learning exchanges about violence prevention.

“Recognizing the success of these violence prevention programs isn’t just about a prize, it’s a way to inspire and drive organizations, instituições, donors and local and federal governments to keep working on prevention, because the results have such an impact on people’s lives,” said Javier Calvo, Chefe do Partido do Projeto de Prevenção ao Crime e à Violência.

Award winners from Usulután — Da esquerda: Norma Edith Argueta, Olinda del Carmen Maravilla and Ruldman Ovidio Coreas at the award ceremony. Usulután’s Municipal Violence Prevention Committee was recognized for its efforts to rehabilitate public spaces.

The other winning programs were:

Municipal Athletic League, implemented by the Municipal Violence Prevention Committee in Armenia, Sonsonante
Luz de Esperanza Josué 1:9, implementado por ADESCO in Zacatecoluca, La Paz.
“Jóvenes con Todo” job and employability training by INJUVE, the National Institute of Youth, em mexicanos
Soccer tournaments for community rebuilding, implemented by the Municipal Violence Prevention Committee in Jiquilisco.

Com edição de Evelyn Rupert.

Uma pequena semente abre grandes oportunidades para os agricultores em Honduras

outubro 3, 2018

Por Amalia San Martín e Evelyn Rupert

4 minutos de leitura

Um grupo de agricultores no sul de Honduras está tentando cultivar uma cultura que não é comumente encontrada na região: sésamo.

Embora culturas como o milho, feijões, abóbora, melões e castanhas de caju são normalmente encontrados em campos comerciais e familiares neste trecho de Honduras, um esforço para plantar gergelim está trazendo aos agricultores uma nova fonte de renda e a possibilidade de explorar uma cadeia de valor e um mercado de exportação lucrativos.

O Aliança do Corredor Seco (ACS) – PROSASUL O programa desenvolveu planos de negócios agrícolas para agricultores que colocam ênfase em culturas de alto valor e na melhoria das condições familiares. Como parte desses planos de negócios, o programa fez parceria com uma empresa taiwanesa chamada Dong Jyu Group, que está fornecendo um grupo de 52 agricultores com as sementes, fertilizantes e pesticidas para o cultivo de gergelim nos municípios de El Triunfo e Namasigue.

Três mulheres caminham por um jardim. — Miriam Carcamo (centro) caminha pelo seu pequeno jardim com a equipe técnica da ACS-PROSASUR. Foto de Skip Brown.

“É um prazer estar envolvido na produção de sementes de gergelim, e a comunidade ficará muito feliz em ver isso se tornar realidade,” disse o agricultor José Vivian Varela, falando em nome do grupo de produtores de gergelim na cerimônia de lançamento realizada em El Triunfo em setembro. 13. “Estamos muito orgulhosos de estar aqui com representantes do governo, o Ministério da Agricultura, ACS-PROSASUL e nossos amigos de Taiwan.”

A iniciativa do gergelim e os planos de negócios agrícolas contribuem para os esforços do programa ACS-PROSASUL para aumentar os rendimentos dos pequenos agricultores em 12 municípios ao longo do Corredor Seco – uma região assim chamada por seus longos períodos de seca.

ACS-PROSASUL é implementado pela Creative Associates International em parceria com INVEST-Honduras e é financiado peloPrograma Global de Agricultura e Segurança Alimentar através doBanco Mundial.

A parceria com o Grupo Dong Jyu foi estabelecida como uma iniciativa do Departamento de Crescimento Econômico de Honduras. É apoiado pelo Escritório de Ciência e Tecnologia Agrícola do Departamento de Agricultura e Pecuária, dirigido porGuillermo Cerritos.

Uma renda estável para os agricultores

Sob o acordo, Grupo Dong Jyu fornece transporte aos agricultores, uma refeição diária e um salário semanal para cultivar gergelim, e eles ganharão uma renda adicional quando o gergelim for colhido em alguns meses.

ACS-PROASASUL está facilitando acordos entre o Grupo Dong Jyu e produtores individuais. O programa irá capacitar os agricultores e visitar as parcelas a cada 15 dias para dar assistência e monitorar o progresso.

Cada um dos 52 produtores plantaram aproximadamente 1 hectare de gergelim em agosto, que se espera que cada um produza 2,240 quilos de produto em dezembro – um total de mais de 116,000 quilos de gergelim.

Donald Lin, presidente do Grupo Dong Jyu, disse que a parceria permitirá aos agricultores cultivar uma colheita lucrativa e obter uma renda estável sem assumir nenhum dos custos iniciais de plantio ou risco de a colheita ser estragada por doenças ou secas. E gergelim valor de exportação é superior ao de outras exportações comuns, como castanha de caju e melão.

“Quero trazer o sucesso que tivemos em Taiwan e compartilhá-lo com todos vocês,”Lin disse aos produtores. “Você não terá que comprar sementes, você não terá que comprar fertilizante, e você não terá que esperar quatro meses até a colheita para receber uma renda.”

No Corredor Seco, onde as alterações climáticas e fenómenos como El Niño e La Niña agravam secas prolongadas anualmente, alguns 90 por cento da população vive com menos de $2 um dia. Muitas famílias dependem da agricultura de subsistência ou de pequenos lucros da produção agrícola, mas as oscilações drásticas entre chuvas fortes e secas são um perigo anual para as colheitas.

O chefe do partido ACS-PROSASUL, Carlos Ruiz, disse que embora o plantio de gergelim possa ser estranho para muitos agricultores, a nova cultura pode ajudar a melhorar os meios de subsistência e aumentar os salários dos seus produtores.

“Este é um dia histórico porque é uma nova forma de fazer negócios e uma nova forma de gerar rendimento para a família… Acreditamos firmemente que este esforço irá melhorar a subsistência das nossas famílias,” ele comentou. “Queremos agradecer aos nossos produtores e incentivá-los com este novo modelo de negócio.”

Plantar culturas resilientes

Em 2018, um período particularmente quente e prolongado de “canícula,”um período de calor extremo durante a estação chuvosa, fez com que Honduras declarasse uma estado de emergência, e o governo estimou que alguns 65,500 famílias do Corredor Seco necessitaram de assistência alimentar emergencial. Muitos municípios perderam a maior parte das suas colheitas.

ACS-PROSASUL e o Grupo Dong Jyu esperam que os agricultores da região possam tornar-se mais resilientes ao clima extremo com culturas resistentes à seca, como o gergelim.

“O gergelim é uma planta que não precisa de muitos cuidados para ser produtiva… Esse produto foi escolhido porque é de baixo risco, mas tem demanda mundial e muito potencial nesta região,” disse o gerente de desenvolvimento de projetos do Grupo Dong Jyu e assistente especial do presidente, Willis Yang. “Estamos muito satisfeitos porque sabemos que estamos fazendo algo que vai provocar uma mudança na vida das famílias.”

Uma vez que o grupo inicial de produtores adopte e se adapte a uma nova cultura e tenha uma primeira colheita bem sucedida, O Grupo Dong Jyu espera apresentar o gergelim a mais agricultores do Corredor Seco – e potencialmente começar a aumentar a renda familiar através de outros produtos agrícolas.

“Estamos começando com uma pequena semente de gergelim, mas esperamos expandir e introduzir outras alternativas de cultivo no futuro,” disse o chefe do partido Ruiz.